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Você está precisando de autocompaixão?

Hoje vamos conversar sobre transtorno de imagem e o papel da autocompaixão nesse cenário.


  1. Transtorno de imagem e o papel da autocompaixão

No início dos meus atendimentos para a compulsão alimentar, atendi uma paciente que estava em uma fase de grande sofrimento. Ela não queria ir à academia, não conseguia ter um relacionamento saudável, parou de ir em festas, shopping, entre outros ambientes por conta da sua visão sobre o seu peso atual. Quando visualizou que não estava tendo forças para fazer o mínimo, como atividades básicas, buscou por ajuda.


Nesse caso, quando analisei o IMC (Índice de Massa Corporal) da paciente, ela estava teoricamente 6kg acima do padrão estipulado. A dor era visivelmente tão grande, que apesar de me questionar sobre a normalidade do que ela considerava um problema, não poderia deixar de compreender todo o sofrimento transmitido pela paciente.


Nesse caso, a paciente preenchia todos os diagnósticos de depressão evidenciados na primeira consulta, porém anteriormente, no momento em que procurou por outros profissionais, nenhum deles havia considerado essa hipótese, validando a crença de que ela estava sofrendo em decorrência da imagem do seu corpo. Já pensou no quão preocupante isso é?


A indústria da dieta, e consequentemente da pressão estética, validam que é absolutamente normal uma pessoa sofrer em detrimento da sua imagem.


Após todo o tratamento e os diagnósticos corretos com essa paciente em meu consultório, houve a compreensão da origem desse sofrimento, assim como o dimensionamento das suas experiência em relação ao seu peso.


2. A associação entre beleza e sucesso


A nossa sociedade associa a beleza com sucesso, poder e superioridade. Quando falamos de autocompaixão, não falamos necessariamente sobre o clichê de amor próprio, mas sim sobre abraçar o nosso sofrimento. E é do reconhecimento do sofrimento, que encontramos motivação genuína para nos ajudar.


As evidências atuais tem mostrado que quanto maior o índice de autocompaixão há:

  • Menos preocupação com o corpo;

  • Menos culpa ao comer;

  • Diminuição dos sintomas depressivos relacionados a imagem corporal.

Outro estudo realizado sobre a autocompaixão demostrou que quanto mais há esse comportamento, menor é nossa autoobjetificação, ou seja, nos vemos cada vez menos como um objeto. Logo, há a compreensão de que nosso corpo tem uma função, não sendo apenas reflexo da beleza.


Quer mais informações sobre o assunto? Abaixo, vídeo completo, com mais detalhes pra vocês!





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